sábado, 20 de dezembro de 2014

Na aba errada

Hoje acho que estou escrevendo para a aba errada.... Já se falou tanto disso, mas poucas pessoas das tribos atuais conseguem vencê-lo efetivamente. O papo é sobre o vício nos nossos queridinhos smartphones (celulares espertos – mas as vezes nessa relação só o celular é o esperto e alguém fica sendo o bobo). Os aparelinhos são lindos, práticos, tiram fotos maravilhosas, de forma rápida, que em segundos já estão no instagram, sem contar os milhões de aplicativos, uns para comunicação, outros para redes sociais, que nos fazem ficar conectados em algo que ainda não sei bem definir, mas que acho se tratar de um mundo paralelo – e que nos deixa totalmente desconectados da vida real, sabe aquela sua vidinha, que pode estar uma merda, mas é a verdadeira, é a vida que você tem que viver, ressalto viver, mas que você abandona para entrar num transe nas redes sociais e outros apps.

Quando estou em restaurantes e bares, observo grupos de amigos e casais que passam mais tempo ligados nos seus smarts, naquela postura sagrada de mãos no aparelho, costas e cabeça inclinadas em sua direção – não sei porque essa posição me lembra a posição de seres subjulgados, dominados, como ficavam e ficam pessoas que foram feitas escravas – e fico me perguntando se aquelas relações já não tinham sentido e a fuga aos celulares apenas as deixaram evidentes ou se realmente o advento desse mundo dos aplicativos fez com quem as pessoas se afastassem, mesmo dividindo a mesa e, às vezes, a cama.

Alguém pode sair do whatsapp e me responder?



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